O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (18) um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, elevando a Selic de 14,75% para 15% ao ano.

Este é o maior patamar da Selic desde julho de 2006, quando a taxa atingiu 15,25% ao ano — um marco que não era registrado há quase duas décadas.

Decisão surpreende mercado

A manutenção da política de alta nos juros vai contra as expectativas do mercado financeiro, que esperava uma pausa na série de elevações iniciada em setembro de 2024.

O Copom é composto pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e por oito diretores da autoridade monetária, que avaliaram os indicadores econômicos recentes e decidiram pela continuidade do aperto monetário.

Motivações para o aumento

O aumento da taxa Selic busca conter pressões inflacionárias persistentes e assegurar que a inflação retorne à meta estipulada pelo governo. Juros mais altos tornam o crédito mais caro, reduzindo o consumo e os investimentos, o que pode ajudar a desacelerar a economia e controlar a alta dos preços.

Impactos econômicos

Com a Selic em 15%, o custo do dinheiro no país alcança níveis que impactam diretamente empréstimos, financiamentos e investimentos. Consumidores e empresas sentem o efeito no bolso, o que pode desacelerar o ritmo de crescimento econômico no curto prazo.

Especialistas alertam para a necessidade de equilíbrio, já que juros muito altos podem afetar negativamente a retomada econômica e o emprego, enquanto a manutenção da inflação fora da meta também gera danos.

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