O Rio Grande do Sul enfrenta mais uma vez as consequências de fortes chuvas que atingem o estado desde o início de junho. Segundo o boletim mais recente divulgado pela Defesa Civil estadual na manhã deste domingo (22), já são 126 municípios afetados, com 5.958 pessoas desalojadas, além de três mortes confirmadas e uma pessoa desaparecida.
O número de feridos também foi atualizado para um caso registrado, enquanto os esforços de resgate continuam em várias regiões. Até agora, 733 pessoas e 139 animais foram resgatados por equipes de emergência.
Municípios em situação de emergência e calamidade pública
A cidade de Jaguari, na Região Central, é o único município até o momento a decretar estado de calamidade pública. Outras 20 cidades estão em situação de emergência, incluindo localidades como São Sebastião do Caí, Montenegro, Cruzeiro do Sul, Nova Palma e Rosário do Sul.
Os municípios com decretos de emergência são:
-
Dona Francisca
-
Cerro Branco
-
Agudo
-
Nova Palma
-
Cruzeiro do Sul
-
Passa Sete
-
São Sebastião do Caí
-
Cacequi
-
Rosário do Sul
-
Tupanciretã
-
Nova Santa Rita
-
São Francisco de Assis
-
Liberato Salzano
-
Amaral Ferrador
-
Toropi
-
Montenegro
-
Silveira Martins
-
São Vicente do Sul
-
Júlio de Castilhos
-
Paraíso do Sul
Rio Caí e risco de novas inundações
A situação é particularmente preocupante nas margens do Rio Caí, que continua subindo e ameaça atingir novas áreas urbanas em cidades como São Sebastião do Caí e Montenegro. Equipes de resgate permanecem de prontidão, com apoio de embarcações e helicópteros, para a retirada de famílias em áreas de risco.
Segundo a meteorologia, novos volumes de chuva são esperados para os próximos dias, principalmente entre segunda (23) e terça-feira (24), o que pode agravar ainda mais os alagamentos e dificultar o acesso às regiões afetadas.
Estragos em infraestrutura e alerta para saúde pública
Além do drama humanitário, os temporais provocaram danos a estradas, pontes e redes de abastecimento de água e energia. As autoridades alertam para os riscos de doenças causadas por contato com água contaminada, como leptospirose, e reforçam o pedido para que a população siga as orientações da Defesa Civil.
A previsão é de que o governo estadual e prefeituras ampliem nas próximas horas o número de cidades com decretos de emergência para agilizar o envio de recursos federais.
