O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), confirmou sua pré-candidatura à Presidência da República. A declaração foi feita em entrevista após a 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, na última terça-feira (20). A movimentação marca um novo capítulo na trajetória política de Leite, que se filiou ao Partido Social Democrático (PSD) em abril deste ano, após 24 anos no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
“Sim, eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco este caminho, é uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer muito contribuir com o Brasil”, afirmou Leite, reforçando suas credenciais para a disputa do cargo máximo do executivo nacional.
A filiação de Leite ao PSD, ocorrida no início do mês, já sinalizava essa intenção. Na ocasião, ele manifestou interesse em “contribuir com uma candidatura presidencial” pelo partido. O presidente da sigla, Gilberto Kassab, foi ainda mais explícito durante o evento de filiação, referindo-se a Leite como pré-candidato: “Chega ao partido como presidente do PSD no RS e pré-candidato à presidência da República, por todas as suas qualidades e experiência”, disse Kassab.
A entrada de Eduardo Leite no PSD segue a tendência de outros nomes relevantes que deixaram o PSDB recentemente. Em março, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também migrou para o PSD, indicando um esvaziamento da bancada de governadores tucanos. Com a saída de Leite, o único governador filiado ao PSDB é Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul.
Com uma carreira política consolidada, Eduardo Leite foi prefeito de Pelotas pelo PSDB entre 2013 e 2018. Sua ascensão no cenário nacional ganhou destaque com a eleição para governador do Rio Grande do Sul em 2018, sendo reeleito em 2022. Ele se tornou o primeiro governador reeleito na história do estado, um feito que o credencia a alçar voos mais altos na política brasileira. A oficialização de sua pré-candidatura pelo PSD promete aquecer o debate eleitoral e movimentar o tabuleiro político visando as eleições presidenciais.