Uma declaração do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, voltou a agitar os bastidores da política nacional ao levantar suspeitas sobre a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em 2014. Segundo Siqueira, a então presidente Dilma Rousseff (PT) teria determinado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que espionasse Campos, que despontava como forte adversário político na disputa presidencial daquele ano.
A revelação, feita em entrevista ao jornalista Magno Martins, reacendeu teorias de que a queda do avião que matou Campos em agosto de 2014, na cidade de Santos (SP), não teria sido um acidente, mas um possível atentado.
Familiares reforçam a suspeita
O advogado Antonio Campos, irmão do ex-governador, sustenta a hipótese de assassinato. “Foi assassinato”, afirmou, em declaração reproduzida por veículos de imprensa. Ele ainda sugere que alguma peça da aeronave possa ter sido adulterada, mas não apresentou provas.
Conflitos políticos
Carlos Siqueira relatou também que houve uma movimentação dentro do governo Dilma para impedir que Campos oficializasse sua pré-candidatura à Presidência da República. Antonio Campos reforça essa versão, afirmando que a então presidente “implicava e tinha ciúmes da relação pessoal e política de Eduardo com Lula”.
A morte de Eduardo Campos ocorreu em 13 de agosto de 2014, quando o avião em que viajava caiu durante uma tentativa de pouso sob condições meteorológicas adversas. A investigação da Aeronáutica apontou erro humano e desorientação espacial dos pilotos como causas do acidente. No entanto, as novas declarações alimentam suspeitas nunca totalmente dissipadas.
Reações e desdobramentos
Até o momento, não houve manifestação oficial da ex-presidente Dilma Rousseff sobre as novas alegações. Também não há indícios públicos de reabertura de investigações por parte das autoridades competentes.