Uma operação da Polícia Federal, denominada Operação Sem Desconto, desvendou um esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS. O esquema envolvia empresários, lobistas, servidores públicos e seus familiares, que bancavam uma vida de luxo com carros de alto padrão, joias e imóveis milionários. Entre os itens apreendidos, destacam-se veículos de luxo como Ferraris, Rolls-Royces e uma frota de Porsches, avaliados em mais de R$ 15 milhões.
A operação foi deflagrada em 23 de abril e cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária em diversas localidades, incluindo o Distrito Federal e 13 estados brasileiros. A investigação revelou que os suspeitos, como o ex-procurador do INSS, Virgílio Oliveira Filho, e sua companheira Thaisa Hoffmann Jonasson, além de outros envolvidos, usaram recursos fraudulentos para financiar suas ostentações.
Luxo e ostentação em números:
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A frota de veículos de Virgílio e Thaisa inclui nove carros, avaliados em mais de R$ 3 milhões.
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A família de Antonio Carlos Camilo Antunes, também investigado no esquema, possui mais de 30 carros, somando um valor superior a R$ 7 milhões.
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Foram apreendidos carros e motos de luxo, incluindo um Porsche Taycan de R$ 500 mil e uma Triumph Tiger de R$ 130 mil.
Além dos veículos, a operação também revelou transferências suspeitas de bens entre os investigados, como a troca do Porsche Taycan de Antonio Carlos para Thaisa.
A operação também inclui investigações sobre a empresa Orleans Viagens e Turismo, que recebeu R$ 5,2 milhões e possui uma frota de veículos de luxo, como um Porsche 911 e uma Dodge Ram Rampage.
Afastamentos e mudanças no INSS
Seis pessoas foram afastadas após a operação, incluindo Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que pediu demissão, além de outros servidores e um policial federal, cujo nome não foi divulgado.
Em resposta aos acontecimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Gilberto Waller Júnior como o novo presidente do INSS, com o compromisso de sanear a instituição e recuperar a confiança dos segurados.
Este esquema de corrupção expôs a utilização de recursos públicos de maneira ilícita, prejudicando os aposentados que dependem do INSS e, ao mesmo tempo, revelando o luxo e ostentação adquiridos pelos responsáveis pela fraude. As investigações seguem em andamento.