A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira, 10 de junho de 2025, a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner. O recurso que buscava anular sua condenação de seis anos de prisão por corrupção foi rejeitado pela mais alta instância judicial do país, abrindo caminho para sua detenção imediata.

Cristina Kirchner aguardava em liberdade o desfecho da análise de seu recurso pela Suprema Corte. Ela havia sido acusada de chefiar uma organização criminosa e de conduzir uma administração fraudulenta durante o período em que ocupou a Presidência, entre 2003 e 2015. A ex-mandatária já havia sido condenada em duas instâncias anteriores da Justiça argentina.

A notícia da decisão judicial provocou uma imediata mobilização popular. Kirchner convocou seus apoiadores a irem às ruas em protesto contra a medida. Manifestações já estão ocorrendo em frente à sede do Partido Justicialista em Buenos Aires, onde a ex-presidente recebeu o resultado da decisão. Além disso, multidões de manifestantes estão bloqueando importantes rodovias de acesso à capital argentina, gerando caos no trânsito e elevando a tensão política no país.

A condenação de Cristina Kirchner é parte de um processo mais amplo conhecido como “Causa Vialidad”, que investiga irregularidades em obras públicas concedidas na província de Santa Cruz durante seus mandatos e o de seu falecido marido, Néstor Kirchner. A decisão da Suprema Corte marca um ponto culminante em um dos casos de corrupção de maior repercussão na história recente da Argentina, com profundas implicações políticas e sociais.

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