📈 O Brasil subiu mais uma posição no ranking mundial de juros reais e agora ocupa o segundo lugar entre 40 países, ficando atrás apenas da Turquia. O levantamento foi feito pela MoneYou e pela Lev Intelligence, com análise do economista-chefe Jason Vieira.
📊 Ranking dos países com os maiores juros reais (descontada a inflação):
1️⃣ Turquia – 14,44%
2️⃣ Brasil – 9,53%
3️⃣ Rússia – 7,63%
4️⃣ Argentina – 6,7%
5️⃣ África do Sul – 5,54%
A média entre os 40 países analisados ficou em apenas 1,67%.
💰 O que mudou?
A nova posição brasileira foi consolidada após o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar, nesta quarta-feira (18), a elevação da Selic de 14,75% para 15% ao ano, com alta de 0,25 ponto percentual.
Mesmo antes da decisão, o Brasil já ocupava posição de destaque no ranking. Com a elevação, a taxa real — que é a Selic ajustada pela inflação projetada — chegou a 9,53%, fortalecendo a posição do país no topo do ranking de juros mais altos do mundo.
O Banco Central mantém a Selic em patamar elevado como parte da estratégia para manter o controle da inflação, mas os efeitos disso sobre a atividade econômica têm sido tema de debate entre economistas e investidores.
⚠️ Impacto na economia
🔎 Alta nos juros reais significa:
- Financiamentos mais caros
- Crédito restrito para empresas e consumidores
- Incentivo à entrada de capital estrangeiro (atração para investidores de renda fixa)
- Pressão sobre o crescimento econômico
Ao mesmo tempo, reforça a percepção de que o Brasil segue sendo um país de alto custo para crédito, com risco de impacto negativo sobre o consumo e o investimento produtivo.
📌 Contexto internacional
Enquanto países desenvolvidos mantêm juros reais mais próximos de zero ou até negativos (caso de Japão e algumas nações europeias), os mercados emergentes, como Turquia, Brasil e Rússia, seguem com as maiores taxas reais do mundo.