O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão pelos crimes cometidos durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ela pichou a estátua “A Justiça”, localizada na Praça dos Três Poderes, com a frase “perdeu, mané”.
Por maioria de votos, a Primeira Turma do STF acolheu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenou Débora por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia. Já o ministro Cristiano Zanin propôs uma pena de 11 anos de prisão. O ministro Luiz Fux divergiu mais amplamente, sugerindo condenação apenas por deterioração de patrimônio tombado, com pena de um ano e seis meses, em razão da confissão da ré — proposta rejeitada pelos demais ministros.
O julgamento começou em 21 de março, mas foi interrompido por um pedido de vista de Fux. A análise foi retomada e concluída nesta sexta-feira (25).
Débora Rodrigues dos Santos cumpre prisão domiciliar em São Paulo desde 29 de março de 2024, monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela está presa desde março de 2023, quando foi detida pelas autoridades após os atos golpistas.