Segundo o jornal O Globo, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), estaria disposto a apoiar um candidato de direita na eleição presidencial de 2026, caso esse seja o melhor caminho para derrotar o PT. A informação reforça a já evidente aproximação de Ciro com lideranças do centro-direita, estratégia que tem chamado atenção — e críticas.

🤝 Encontros e acenos públicos

  • Em 6 de maio, Ciro se reuniu com bolsonaristas e lideranças dos partidos PL, União Brasil e Progressistas no Ceará, dialogando sobre composições que incluiriam apoios mútuos nas próximas eleições.
  • Durante o encontro, elogiou o deputado Alcides Fernandes (PL) como um nome “decente e de fé” para o Senado em 2026, sinalizando disposição de formar alas eleitorais até então inimigas no plano nacional.

🎯 Estratégia eleitoral e pragmatismo

  • Ciro, que em dezembro de 2023 declarava estar “asfixiado” por disputas eleitorais e sem intenção de voltar a concorrer, agora surge como potencial articulador ou apoio a candidaturas de direita, caso isso ameace a hegemonia petista .
  • No Ceará, essa articulação se desdobra em apoio a uma aliança entre PDT, PL e União Brasil, com foco em derrotar o PT local. Ainda que ele negue pretensões de concorrer como candidato principal, exerce influência decisiva nas estratégias regionais.

🧩 Impacto para 2026

  • A possível disposição de Ciro em apoiar nomes da direita na disputa nacional teria como objetivo prioritário bloquear a vitória de Lula, alinhando-se ao movimento que busca formar uma frente ampla anti-PT .
  • Trata-se de uma estratégia de realinhamento político, suscitando debate sobre a coerência eleitoral do PDT e possíveis rupturas ideológicas.

🔍 Contexto político

  1. Racha interno e nova postura:
    A postura pragmática ou volátil contrasta com o tradicional discurso trabalhista de Ciro. Internamente, provoca tensão no PDT entre os “ciristas” e os que mantêm uma linha mais à esquerda, representada pelo irmão Cid Gomes (PSB), cuja migração para o campo progressista se acentuou desde 2022.
  2. Mercado eleitoral e pesquisas:
    Em cenários sem Lula e Bolsonaro, pesquisas têm colocado Ciro como potencial líder, com cerca de 19–27% das intenções de voto, posição que reforça seu poder de barganha na terceira via.

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