Em artigo publicado neste domingo (20), o influente jornal norte-americano The Wall Street Journal declarou que o regime comunista de Cuba atingiu um ponto de colapso, resultado de um modelo autoritário que, nas palavras do jornal, “parece ter ficado sem otários dispostos a emprestar mais”.
Assinado por Mary Anastasia O’Grady, colunista especializada em geopolítica latino-americana, o texto denuncia o agravamento da crise econômica na ilha, apontando como um dos indícios mais simbólicos o confisco de dólares e euros de empresas estrangeiras. A medida, segundo O’Grady, não apenas revela o desespero do governo cubano, como também envia um alerta claro ao mundo dos negócios: “o que empreendedores ganham em Cuba, eles não possuem”.
Para o WSJ, o confisco equivale a “pendurar uma placa de ‘fechado’ na economia moribunda”. A crise cambial e energética, os longos apagões e a crescente repressão aos dissidentes são mencionados como sintomas de um sistema esgotado.
O artigo destaca ainda que a falta de liquidez, o colapso dos serviços básicos e a fuga em massa da população são sinais de que o regime dos irmãos Castro – agora comandado por Miguel Díaz-Canel – enfrenta o momento mais crítico desde o fim do apoio soviético nos anos 1990.
O Wall Street Journal conclui que, diante da escassez de crédito externo, do isolamento diplomático e da contínua perseguição a empresários e opositores, Cuba se tornou um ambiente de alto risco para investimentos, reforçando a percepção de que o regime, mesmo sobrevivendo politicamente, já naufragou economicamente.