Durante missão oficial aos Estados Unidos, uma comitiva da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) formada por deputados do PL, Novo, PRD e União Brasil ouviu uma declaração contundente sobre o crime organizado no Brasil. Em reunião com Ricardo Pita, conselheiro sênior para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado norte-americano, o grupo foi informado de que os EUA já classificam facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas.
“Os Estados Unidos não foram ao Brasil para questionar se as organizações criminosas são consideradas terroristas. Foram para informar que são”, disse Pita, em referência à recusa do governo Lula em aplicar esse rótulo formal às facções criminosas.
A declaração foi destacada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Para ele, o posicionamento americano reforça a importância de alinhar o combate ao crime organizado com políticas econômicas liberais. “Que essas lições sejam aprendidas, replicadas e que o Brasil caminhe contra um Estado inflado e ineficiente”, afirmou.
Além do Departamento de Estado, a comitiva visitou instituições conservadoras como a Heritage Foundation e o Leadership Institute, vistas como referências ideológicas para os parlamentares. “Nosso compromisso é levar essas experiências ao Brasil e atuar com todas as ferramentas ao nosso alcance para facilitar o livre comércio e promover um país mais livre e seguro”, declarou Carol de Toni (PL-SC), presidente da FPLM.
A viagem marca um esforço da bancada conservadora em estreitar laços com setores alinhados à direita nos EUA e pressionar o governo brasileiro a adotar uma postura mais dura no combate às facções.