Porto Velho, RO – O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que já foi um dos pilares da democracia brasileira e potência política nacional, vive um momento crítico em Rondônia. O partido, antes respeitado e coeso, hoje parece à deriva sob a presidência de Lucio Mosquini, deputado federal acusado de usar a estrutura partidária para fins pessoais, em detrimento dos interesses da sigla.

Para compreender a gravidade do momento, é necessário lembrar da antiga fábula do escorpião e o sapo:

“Um escorpião pede carona a um sapo para atravessar o rio. O sapo hesita, dizendo que o escorpião pode picá-lo. O escorpião garante que jamais faria isso, pois ambos morreriam. O sapo aceita, mas ao chegar ao meio do rio, o escorpião o pica. Quando o sapo pergunta por que, o escorpião responde: “É da minha natureza”.

Moral: confiar em quem já mostrou sua índole pode custar a própria sobrevivência.

Essa fábula ilustra exatamente o dilema vivido pelo PMDB em Rondônia: com dois anos restantes de mandato, o partido precisa decidir se continuará carregando um líder que já demonstrou instinto de sabotagem, ou se tomará uma decisão difícil, porém necessária, para sobreviver.

Lucio Mosquini: Uma Liderança Tóxica?

Mosquini, na condição de presidente estadual do partido, deveria ser o articulador do crescimento, da união e da estratégia partidária. No entanto, seu comportamento tem sido o oposto: desarticula alianças, ignora lideranças locais e impõe decisões centralizadas, gerando descontentamento e desmobilização interna.

O risco é claro: com um presidente agindo contra os próprios quadros, o PMDB pode ser esvaziado até a irrelevância. Um partido sem comando alinhado, sem militância motivada e sem liderança confiável, caminha para a extinção política.

O PMDB Já Foi Grande — E Ainda Pode Ser

Durante décadas, o PMDB comandou prefeituras, governos e o Congresso Nacional. Em Rondônia, teve papel decisivo no desenvolvimento institucional do estado, revelando quadros de peso e liderando importantes transformações sociais e econômicas. Essa força histórica, no entanto, hoje se vê ameaçada de dentro para fora.

Confúcio Moura: A Hora do Pulso Firme

Em meio ao colapso silencioso do partido, destaca-se o nome do senador Confúcio Moura, um dos últimos grandes líderes do PMDB em Rondônia. Sua trajetória política é marcada pela integridade, pela capacidade de diálogo e por uma gestão moderna e humanista enquanto governador do estado. Confúcio é hoje o maior ativo político do PMDB em Rondônia — e talvez o único com autoridade moral e institucional para evitar a derrocada definitiva da sigla.

Se permanecer em silêncio, poderá testemunhar, em 2026, a primeira grande derrota eleitoral do partido sob sua liderança de referência, justamente por omissão. O momento exige mais que prestígio: exige coragem. Um verdadeiro líder não apenas constrói o futuro, mas também protege o legado.

A Decisão que o PMDB Precisa Tomar

Manter Mosquini na presidência é apostar em um escorpião. As evidências já se acumulam, os sinais são claros, e o histórico é conhecido. A dúvida é cruel, mas inevitável: o partido vai continuar carregando um presidente que age contra o próprio partido, ou terá coragem de romper, mesmo no meio do rio?

Porque uma coisa é certa: o escorpião sempre pica. É da sua natureza.

 

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