Pânico no quintal: Goiás detecta primeiro foco de gripe aviária; SP registra caso em ave migratória

A Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária) confirmou, nesta sexta-feira (13/6), o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em Goiás, detectado em aves de subsistência em Santo Antônio da Barra, no sudoeste do estado. O episódio ocorre no mesmo fim de semana em que São Paulo registrou o primeiro caso do ano — em uma marreca-caneleira, ave silvestre migratória, no centro de Diadema.

🐓 Goiás: foco em granja de fundo de quintal

• A notificação ocorreu em 9 de junho, após a morte de aproximadamente 100 galinhas domésticas, que apresentavam sintomas como:
  • Asas caídas
  • Secreção nasal
  • Dificuldade respiratória
  • Apatia, diarreia e edema facial
• Equipes da Agrodefesa atuaram prontamente, interditando o local em até 12 horas e coletando amostras, seguindo protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
• O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, afirmou que, por se tratar de aves não comerciais, o foco não afeta o status sanitário nacional, nem gera riscos à população ou às exportações.

🦆 São Paulo: caso isolado em ave silvestre

• A Secretaria de Agricultura de São Paulo confirmou, também nesta sexta (13/6), o primeiro caso de gripe aviária em 2025 em São Paulo, identificado em uma marreca-caneleira, encontrada desorientada e com sintomas neurológicos e respiratórios no centro de Diadema.
• O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) confirmou o diagnóstico, e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) destacou que, por se tratar de uma ave silvestre sem ligação com granjas, não há embargo nas exportações de carne de frango ou ovos, nem risco à saúde pública.
• Medidas de vigilância epidemiológica foram iniciadas num raio de 10 quilômetros do local, e a população foi orientada a não manipular aves doentes.

⚠️ Riscos e medidas de contenção

Embora ambos os casos sejam considerados isolados, os órgãos responsáveis reforçam que o consumo de carne e ovos continua seguro, pois a doença só é transmitida por contato direto com aves contaminadas.

As autoridades adotaram medidas sanitárias e de vigilância pontual, sem comprometer o status sanitário nacional prestigiado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

🌐 Cenário nacional e internacional

• Em maio de 2025, foi registrado o primeiro caso em granja comercial no Brasil — em Montenegro (RS), o que levou países importadores como China, México e África do Sul a suspender compras de carne de frango brasileira.
• A confirmação do foco em Goiás reitera a necessidade de vigilância contínua, conforme recomendações do Mapa e do LFDA, reforçando protocolos sanitários e restrições locais para evitar expansão.

✅ Recomendações à população

• Evitar contato direto com aves doentes ou encontradas mortas.
• Acionar imediatamente a Defesa Agropecuária em caso de suspeita.
• Continuar com o consumo de produtos avícolas normalmente, sem preocupação, seguindo orientações oficiais.

📌 Resumo

Goiás enfrenta o primeiro foco em criação doméstica, enquanto São Paulo identificou o caso em ave silvestre. Ambos os casos despertam atenção, mas não comprometem a segurança alimentar ou comércio avícola do Brasil.