O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite o mandado de segurança apresentado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Ferreira havia pedido a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O pedido de Nikolas Ferreira tem como objetivo investigar irregularidades no INSS, órgão responsável pelo pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais. Contudo, Hugo Motta argumenta que a solicitação não preenche os requisitos regimentais para a criação da CPI no momento.
A decisão sobre o prosseguimento ou não do pedido ficará a cargo do STF, que avaliará a legalidade da instalação da comissão parlamentar proposta.
Contexto
As CPIs são instrumentos importantes para a fiscalização e investigação de temas relevantes para a sociedade, podendo apurar denúncias e irregularidades em órgãos públicos. Nos últimos anos, fraudes em benefícios previdenciários têm sido alvo de investigações e denúncias, envolvendo desde servidores até intermediários.
A instalação de uma CPI no Congresso depende do cumprimento de critérios regimentais, como a formalização do pedido por um número mínimo de parlamentares e a definição clara do objeto a ser investigado.
Próximos passos
Com o pedido de rejeição apresentado por Hugo Motta ao STF, a continuidade do processo dependerá da análise do tribunal. Caso a solicitação do deputado Nikolas Ferreira seja indeferida, o Congresso não poderá instalar a CPI imediatamente.
Enquanto isso, a fiscalização das fraudes no INSS continua a ser realizada por órgãos de controle interno e pela Polícia Federal.