Em um discurso marcado por um tom agressivo e linguagem forte, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Durante um evento do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta segunda-feira (19), Haddad se referiu à oposição como “extrema-direita escrota”, evidenciando a polarização que deverá dominar o cenário político nos próximos anos.
“O PT vai sair mais forte. No ano que vem, a gente vai dar trabalho para essa extrema-direita escrota que está aí. E vamos ver de novo o presidente Lula (PT) subir, mais uma vez, a rampa do Palácio do Planalto”, declarou Haddad, reforçando a confiança do partido em um novo mandato para Lula.
Cenário de Polarização Antecipado:
A fala de Haddad corrobora as movimentações nos bastidores, onde Lula já teria manifestado a aliados sua intenção de concorrer novamente à presidência. Essa antecipação da campanha eleitoral de 2026 sinaliza que o clima de polarização política, que marcou as últimas eleições, tende a se intensificar ainda mais. Analistas políticos observam que o uso de termos contundentes por parte de figuras proeminentes do governo indica uma estratégia para mobilizar a base petista e desqualificar os adversários desde já.
Disputa Interna no PT Resolvida:
O discurso de Haddad ocorreu durante o lançamento da candidatura de Edinho Silva (PT), atual prefeito de Araraquara (SP), à presidência nacional do partido. A confirmação de Edinho como candidato veio após a retirada de Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), da disputa. Quaquá, que também é do PT, teria decidido abandonar a concorrência após conversas com o próprio Lula e outros nomes de peso da legenda, como a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
A resolução dessa disputa interna é vista como um movimento estratégico para evitar que as divergências dentro do partido ganhassem notoriedade pública às vésperas da campanha presidencial. “Não quero expor nosso partido num momento tão decisivo”, teria dito Quaquá a aliados, demonstrando a preocupação em manter a unidade e o foco na corrida presidencial de 2026.
A postura de Haddad e a articulação interna do PT indicam que o partido já está em modo de campanha, preparando o terreno para a próxima eleição e buscando consolidar sua base frente a uma oposição que, por sua vez, também se organiza para o pleito.