A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) registrou um prejuízo de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre de 2025, mais que o dobro das perdas do mesmo período do ano anterior, que foram de R$ 801 milhões. Este é o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2017, marcando o 11º trimestre consecutivo de prejuízo da estatal, sendo nove deles sob a gestão do atual presidente, Fabiano Silva dos Santos.

A situação financeira crítica tem impactado diretamente as operações da empresa. Funcionários e terceirizados relatam atrasos nos pagamentos, falta de insumos e problemas na manutenção de agências . Além disso, a concorrência crescente no setor de entregas tem pressionado ainda mais a estatal, que luta para manter sua relevância no mercado.

Em resposta à crise, os Correios anunciaram medidas de contenção, incluindo a suspensão temporária de contratações por no mínimo 120 dias e a renegociação de contratos com fornecedores visando uma redução mínima de 10% nos valores . Apesar das dificuldades, a empresa afirma que a continuidade operacional para 2025 está assegurada, apoiada por fatores estratégicos e estruturais que garantem a prestação de serviços essenciais à sociedade.

No entanto, a situação contábil da estatal também está sob escrutínio. Um relatório preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que os Correios utilizaram mecanismos contábeis que reduziram artificialmente o prejuízo registrado em 2023, o que pode levar à necessidade de reavaliação das demonstrações financeiras.

Diante desse cenário, especialistas e autoridades alertam para a urgência de uma reestruturação profunda na estatal, visando garantir sua sustentabilidade financeira e operacional no longo prazo.

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