Porto Velho, 18 de junho de 2025 – Na noite da última terça-feira (17), o empresário e comandante da embarcação, Edionar Medeiros de França, foi brutalmente assassinado durante um ataque de piratas no Rio Madeira, em uma das rotas fluviais próximas à comunidade de Cujubinzinho, no Ramal Tamanduá, zona rural de Porto Velho.
Segundo relatos de testemunhas, cerca de quatro criminosos encapuzados, armados e conhecidos como “piratas do Madeira”, se aproximaram em uma voadeira. Três deles invadiram o navio enquanto o quarto permaneceu na embarcação de apoio para facilitar a fuga. Durante o assalto, a tripulação foi rendida.
No entanto, Edionar reagiu, iniciando uma luta corporal com um dos invasores e empurrando-o no rio. Em retaliação, foi golpeado com coronhadas e, em seguida, atingido por vários disparos. Os criminosos fugiram levando uma lancha e um motor Mercury 60 HP. O navio prosseguiu até a comunidade, onde os tripulantes buscaram socorro, mas o comandante não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Equipes da Polícia Técnica e o rabecão compareceram ao local para realização dos procedimentos periciais. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil investiga o caso como latrocínio, já que houve roubo seguido de morte .
Fontes recentes indicam que o valor roubo foi estimado em cerca de R$ 70 mil, além da lancha e dos equipamentos levados pelos criminosos. Um dos suspeitos foi detido posteriormente.
O episódio reacende debates sobre a segurança nas vias fluviais da Amazônia. Pirataria, sequestros e roubos a embarcações vêm crescendo nas regiões ribeirinhas. Especialistas alertam para a necessidade de reforçar a presença policial fluvial, ampliar operações integradas com órgãos federais e municipais, e desenvolver métodos de inteligência especificamente para combater crimes aquáticos.