Um relatório divulgado nesta quarta-feira (21) pelo gabinete do senador norte-americano Ron Johnson alega que autoridades de saúde dos Estados Unidos, durante o governo Biden, retardaram a divulgação de alertas sobre os riscos de miocardite associados às vacinas de mRNA contra a COVID-19, especialmente a da Pfizer. Segundo o documento, as agências federais de saúde foram alertadas em fevereiro de 2021 por um funcionário do Ministério da Saúde de Israel sobre 40 casos de miocardite e outras doenças cardíacas em jovens após a vacinação com o imunizante da Pfizer.
Apesar das evidências crescentes, incluindo dados do Departamento de Defesa dos EUA e relatos no Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS), que registrou 752 casos até maio de 2021, o alerta oficial só foi emitido em 25 de junho daquele ano, quando a FDA atualizou os rótulos das vacinas da Pfizer e Moderna para incluir os riscos de miocardite e pericardite.
O relatório de 54 páginas também destaca que médicos que levantaram preocupações sobre os efeitos adversos enfrentaram censura, com algumas de suas postagens em redes sociais sendo rotuladas como enganosas ou tendo suas contas suspensas.
Em resposta às novas evidências, a FDA exigiu recentemente que a Pfizer e a Moderna atualizassem os rótulos de suas vacinas para incluir advertências ampliadas sobre o risco de inflamação cardíaca, especialmente em adolescentes e homens jovens.
A investigação liderada pelo senador Johnson continua em andamento, com a expectativa de novas audiências para aprofundar as apurações sobre a gestão dos riscos associados às vacinas de mRNA contra a COVID-19.