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sexta-feira, junho 13, 2025
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“Golpe da Formatura”: Empresários de empresa de eventos são alvos de operação policial após prejuízo de R$ 7 milhões a estudantes em MT e RO

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a Operação Ilusion, visando cumprir 20 ordens judiciais contra os responsáveis pela empresa Imagem Eventos, especializada na organização de formaturas, e outros envolvidos identificados durante as investigações. A ação é uma resposta às denúncias de centenas de estudantes que tiveram suas cerimônias de formatura canceladas no final de 2024, resultando em um prejuízo estimado em R$ 7 milhões.

Entre os alvos estão os empresários Márcio Nascimento e Eliza Severino, que administravam a Imagem Eventos. Ambos são considerados foragidos e estão sendo procurados pelas autoridades. Os mandados judiciais incluem prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar, restrição administrativa em oito veículos, suspensão de atividades econômicas de empresas e o sequestro e bloqueio de bens e valores em contas bancárias dos suspeitos e de suas empresas.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), revelaram que aproximadamente mil formandos de mais de 40 turmas de diversas universidades e faculdades em Cuiabá, Várzea Grande e cidades do interior de Mato Grosso e Rondônia foram prejudicados. Os estudantes, muitos dos quais de cursos como Medicina, Odontologia e Direito, investiram valores significativos em pacotes de formatura que variavam entre R$ 15 mil e R$ 30 mil por formando.

Em janeiro de 2025, a Imagem Eventos comunicou o encerramento de suas atividades e ingressou com um pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras agravadas pelos impactos da pandemia da Covid-19 e aumento nas rescisões contratuais. No entanto, o delegado Rogério Ferreira, da Decon, afirmou que os empresários já sabiam que não conseguiriam cumprir os compromissos firmados e planejaram o fechamento da empresa pelo menos quatro meses antes de efetivamente fecharem as portas. Durante esse período, continuaram fechando novos contratos, exigindo pagamentos à vista e realizando promoções para levantar valores antes de encerrar as atividades.

O caso ganhou repercussão nacional após ser destaque no programa Domingo Espetacular, da TV Record, em 23 de fevereiro de 2025. A empresa é investigada por crimes contra o patrimônio, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de prisão e multa.

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