Em meio a um cenário nacional de lentidão judicial, Rondônia se destaca como exemplo de eficiência no Judiciário brasileiro. De acordo com o mais recente Ranking de Eficiência do Judiciário, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o estado conquistou a 2ª colocação nacional, com uma taxa de congestionamento líquida de apenas 45,46%.
Esse indicador mede a quantidade de processos que permanecem pendentes em comparação ao total que tramitou durante o ano, excluindo os arquivados provisoriamente, sobrestados ou suspensos. Quanto menor a taxa, maior a capacidade de resolução de demandas do Judiciário.
Rondônia ficou atrás apenas de Roraima (40,85%) e superou estados de grande porte como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Distrito Federal aparece em 3º lugar com 48,46%, seguido de Amazonas (49,96%) e Sergipe (51,74%).
A posição chama atenção especialmente por vir de um estado da região Norte, geralmente subestimado em indicadores nacionais. Para especialistas, o destaque rondoniense está diretamente ligado à digitalização dos processos, investimento em tecnologia, capacitação dos servidores e modernização da infraestrutura dos fóruns.
O presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, celebrou o resultado. “Esse reconhecimento reforça o compromisso do Judiciário rondoniense com a prestação de um serviço célere, acessível e de qualidade para a população”, afirmou.
Em contrapartida, estados tradicionalmente reconhecidos pela organização administrativa enfrentam altos índices de congestionamento. O Espírito Santo ficou na última colocação do ranking (27ª), com 72,89%, seguido pelo Rio de Janeiro (72,67%) e Pará (72,28%).
O estudo integra o Ranking de Competitividade dos Estados, que analisa o desempenho das unidades federativas em diversas áreas da gestão pública, com o objetivo de oferecer dados estratégicos para aprimorar políticas públicas e a governança no país. A eficiência judicial é um dos pilares centrais da avaliação.