Uma operação conjunta entre a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na inutilização de acampamentos, motocicletas, motores e escavadeiras hidráulicas usados por garimpeiros ilegais em terras indígenas nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A ação foi realizada nos dias 11 e 12 de maio, em áreas de difícil acesso, e gerou um prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões aos responsáveis pela atividade criminosa.
De acordo com as investigações, o garimpo ilegal nas regiões alvo da operação apresentava crescimento acelerado, o que vinha provocando danos ambientais significativos dentro de áreas protegidas por lei. No local, os agentes confirmaram uma vasta devastação, com sinais claros de exploração mineral desordenada e a presença de maquinário pesado, como escavadeiras, motores de sucção e motocicletas adaptadas para transporte de material.
Com base na legislação ambiental vigente, e diante da impossibilidade de remoção dos equipamentos de grande porte, foi determinada a inutilização imediata dos bens apreendidos. Ao todo, quatro escavadeiras hidráulicas foram destruídas, além de acampamentos e outros equipamentos usados na extração ilegal de minérios.
Impacto ambiental e estratégico
A operação tem como foco não apenas coibir a extração ilegal, mas também proteger territórios indígenas e evitar o avanço de crimes ambientais na região amazônica, onde áreas vulneráveis são frequentemente alvos de exploração por organizações criminosas.
A Polícia Federal informou que as investigações seguem em andamento, e novos desdobramentos não estão descartados. O objetivo agora é identificar os financiadores e operadores logísticos por trás da atividade ilegal, além de responsabilizar os envolvidos por crimes ambientais, associação criminosa e usurpação de bens da União.