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sábado, maio 17, 2025
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“Tiraram a vida de uma criança”: assassinato de adolescente autista de 15 anos em Jaru causa comoção e revolta

O brutal assassinato do adolescente João Victor Lima da Silva, de 15 anos, na noite do último sábado (3), nas proximidades do evento Barco Cross, chocou a cidade de Jaru e gerou forte comoção nas redes sociais. Diagnosticado com autismo, hiperatividade e transtorno bipolar, João foi morto de forma violenta após sair de casa a convite de um amigo para “dar uma volta”.

De acordo com informações da família, o adolescente passou parte do dia ajudando no tradicional Caldo de Peixe, próximo ao local onde acontecia o evento. João era conhecido na comunidade como um jovem alegre, afetuoso e inocente, com comportamento compatível com uma criança, segundo relatos de parentes.

A irmã da vítima, abalada com a tragédia, fez um desabafo nas redes sociais que repercutiu entre os moradores de Jaru:

“O menino era autista, não sabia o que falava. Tiraram a vida de um adolescente com mentalidade de criança. Não é justo. Se ele fez isso com meu irmão, pode fazer com outra pessoa. Queremos justiça!”

Suspeito tem longa ficha criminal

O principal suspeito do crime é Hian Rodrigues Belfort, de 24 anos, conhecido pelo apelido de “Pelezinho”. Ele foi preso ainda no fim de semana. Segundo a Polícia Militar, Hian estava em liberdade condicional e fazia uso de tornozeleira eletrônica, que, no entanto, havia sido desligada desde a manhã do dia do crime.

Com extensa ficha criminal, Hian já era conhecido das autoridades locais por envolvimento em diversos delitos. A Polícia Civil investiga a motivação do crime e tenta esclarecer as circunstâncias que levaram ao homicídio, inclusive se houve algum tipo de desentendimento prévio ou se o adolescente foi vítima de violência gratuita.

Comoção e despedida

João era o caçula da família e o único filho homem. Seu velório ocorre na Igreja Assembleia de Deus, próxima à ponte da cidade e à casa de sua mãe. O sepultamento está previsto para às 8h da manhã deste domingo (5).

Nas redes sociais, a população jaruense tem se manifestado com mensagens de indignação e pedidos por justiça e rigor nas penas contra o acusado. O caso reabre debates sobre a fragilidade do sistema de monitoramento eletrônico de criminosos reincidentes e a necessidade de proteção à infância e juventude, especialmente de pessoas com deficiência.

Justiça e responsabilização

A Delegacia de Homicídios está à frente do caso. Hian pode responder por homicídio qualificado, com agravantes como crueldade, impossibilidade de defesa da vítima e condição de vulnerabilidade, o que pode aumentar a pena significativamente.

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