A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (16) ter solicitado à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de uma investigação sobre um contrato de R$ 211,5 milhões firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Voare Táxi Aéreo. A companhia é ligada a Renildo Lima, empresário preso em 2024 com R$ 505 mil escondidos na cueca, durante operação relacionada à compra de votos.
Renildo é casado com a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), parlamentar da base aliada do governo Lula. Segundo reportagem do portal Metrópoles, Helena consta como ex-administradora e sócia da Voare, e a empresa passou a expandir seus contratos com o governo após sua eleição.
A Voare foi contratada para realizar o transporte aéreo de profissionais de saúde e indígenas na Terra Yanomami, região que enfrenta grave crise sanitária e humanitária.
Zambelli, que faz oposição ao governo federal, acusa a gestão petista de promover um esquema de favorecimento político e aponta conflito de interesses. Segundo ela, o contrato pode ter servido para garantir apoio político no Congresso. A deputada também critica o Ministério da Saúde por “omissão” diante dos antecedentes do empresário.
Apesar da declaração nas redes sociais, a PGR informou à reportagem que ainda não recebeu formalmente a representação feita por Zambelli.
Em publicação, a parlamentar afirmou: “Este saco de grana oficial do governo Lula parece inesgotável e sustenta uma trama infinita de privilégios e favorecimentos”.
Até o momento, nenhuma prova foi apresentada pela deputada, e nem o Ministério da Saúde nem a deputada Helena se manifestaram sobre o caso.