Em um passo significativo para estreitar os laços comerciais entre Argentina e Estados Unidos, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou, em Buenos Aires, o início das conversas formais sobre um possível acordo de comércio recíproco entre os dois países. O anúncio foi feito em uma declaração conjunta com o presidente argentino, Javier Milei, na Casa Rosada, no último dia 14 de abril.
Bessent expressou entusiasmo por dar início às negociações, destacando que as discussões focarão em estabelecer termos recíprocos que beneficiem ambas as nações. “Fiquei entusiasmado ao fazer esta viagem para iniciar as primeiras conversas formais sobre comércio recíproco entre nossos dois países”, declarou o secretário.
Milei, por sua vez, reafirmou o alinhamento de sua administração com a proposta de tarifas recíprocas elaborada durante o governo de Donald Trump, mencionando a disposição da Argentina em assinar um acordo que favoreça a dinâmica comercial. Ele destacou o compromisso do governo argentino em aprofundar sua parceria com os EUA, considerando este relacionamento um pilar essencial para a transformação econômica da Argentina.
Apoio dos EUA ao FMI e Transformação Econômica da Argentina
Além de discutir a proposta comercial, Bessent também abordou o apoio dos Estados Unidos ao recente acordo da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê empréstimos de 20 bilhões de dólares. O secretário do Tesouro elogiou as políticas econômicas implementadas pelo governo de Milei, que, segundo ele, já conseguiram reduzir a inflação e revitalizar a economia argentina. No entanto, Bessent ressaltou que essa transformação só será sustentável com o apoio contínuo dos aliados da Argentina.
Milei, por sua vez, agradeceu publicamente o apoio dos Estados Unidos na obtenção do acordo com o FMI e outros organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, que ajudarão a estabilizar a economia argentina.
Aliança contra o Socialismo na América Latina
Milei também usou o momento para reforçar a posição da Argentina como um aliado firme dos Estados Unidos na América Latina, destacando a necessidade de combater o que ele considera o “vírus do socialismo”, que tem gerado instabilidade em vários países da região. O presidente argentino comparou a situação da Venezuela a uma “prisão a céu aberto” e lamentou o deterioramento de nações como a Bolívia, enfatizando a importância de uma relação forte entre os dois países para enfrentar esses desafios regionais.
Esse novo capítulo nas relações entre Argentina e EUA marca um momento de estreitamento de laços econômicos e políticos, com ambos os países buscando não apenas melhorar suas trocas comerciais, mas também fortalecer a estabilidade econômica e a segurança na região.
