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sexta-feira, abril 25, 2025
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Estatais têm deficit de R$ 707 milhões no 1º bimestre. Contas seguem no vermelho pelo 3º ano consecutivo

As estatais brasileiras – federais, estaduais e municipais – fecharam o 1º bimestre de 2025 com déficit de R$ 707 milhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central, no relatório de Estatísticas Fiscais. Embora ainda negativo, o resultado representa uma queda de 39,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando o rombo foi de R$ 1,168 bilhão.

Este é o terceiro ano consecutivo em que as contas das empresas públicas encerram o primeiro bimestre no vermelho. O déficit, porém, foi puxado principalmente pelas estatais federais, que apresentaram saldo negativo de R$ 989 milhões. Em contrapartida, as estatais estaduais tiveram superávit de R$ 681 milhões, enquanto as municipais registraram déficit de R$ 398 milhões.

Em fevereiro, houve um superávit de R$ 299 milhões entre as estatais, mas ainda assim inferior ao saldo positivo de R$ 482,8 milhões no mesmo mês de 2024.

Governo relativiza números

Apesar dos resultados negativos, o governo federal afirma que não há um “rombo” nas contas das estatais. Segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o déficit é fruto de investimentos com recursos próprios, já disponíveis em caixa, e não de endividamento adicional.

“As empresas estão usando dinheiro que já estava em caixa, o que pode gerar um resultado deficitário mesmo com lucro operacional”, disse Dweck, em entrevista à EBC.

A ministra também destacou que os investimentos das estatais cresceram 40% em 2024 em comparação com 2023, e quase dobraram em relação a 2022.

Metodologias diferentes

O Banco Central utiliza a metodologia “abaixo da linha” para calcular a necessidade de financiamento do setor público, avaliando o nível de endividamento em dois períodos. O levantamento não inclui estatais financeiras, como Banco do Brasil e Caixa, nem a Petrobras.

Já os dados do Ministério da Gestão são mais detalhados, mas dependem da divulgação dos balanços financeiros, que ocorre de forma semestral ou anual.

Mesmo com melhora parcial, o resultado do 1º bimestre indica que as estatais ainda enfrentam desafios na busca por equilíbrio fiscal — um tema que deve permanecer em pauta nas discussões econômicas de 2025.

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