Um grave acidente de trabalho registrado em um frigorífico de Ji-Paraná (RO) resultou na amputação do braço de uma jovem trabalhadora, identificada como Camila. O caso ocorreu enquanto a funcionária realizava a limpeza de uma esteira transportadora de carnes no interior da unidade industrial.
De acordo com informações preliminares, o acidente aconteceu quando a manga do moletom que Camila vestia ficou presa no maquinário em funcionamento, puxando violentamente seu braço para dentro da esteira. Testemunhas relataram que a jovem ficou presa por cerca de 40 minutos, enquanto o equipamento era desligado por completo.
Durante o período em que permaneceu presa, o braço da vítima foi severamente dilacerado, e as lesões foram tão graves que a equipe médica responsável pela ocorrência confirmou a necessidade de amputação do membro.
Camila foi socorrida ainda no local e encaminhada com urgência a uma unidade hospitalar do município, onde permanece internada sob cuidados médicos intensivos.
Investigação e apuração de responsabilidades
A direção do frigorífico afirmou que está colaborando com as autoridades e que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos. Paralelamente, órgãos de fiscalização do trabalho, como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram acionados para investigar as circunstâncias do acidente.
A apuração inclui a verificação de eventuais falhas nos protocolos de segurança da empresa, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), desligamento de máquinas para manutenção ou limpeza, e treinamentos oferecidos aos funcionários para manuseio seguro dos equipamentos industriais.
Acidentes em frigoríficos: risco constante
O setor frigorífico é historicamente um dos que mais registram acidentes de trabalho no Brasil, especialmente em atividades que envolvem máquinas de grande porte, cortes e transportes de cargas pesadas. Situações como a de Camila reascendem o debate sobre a necessidade de maior rigor na fiscalização e na implementação de políticas eficazes de proteção aos trabalhadores.
Sindicatos e entidades de defesa dos direitos dos trabalhadores também acompanham o caso e cobram transparência nas investigações, além de apoio integral à vítima e sua família.