Uma mulher de 45 anos foi vítima de um golpe envolvendo a aquisição de consórcio de imóvel no valor de R$ 180 mil. A fraude foi registrada na Delegacia de Polícia Civil do município nesta segunda-feira (28) e acende um alerta sobre a atuação de golpistas na região da Zona da Mata de Rondônia.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima foi abordada por um suposto intermediário que afirmou poder acelerar a contemplação de sua carta de crédito mediante o pagamento de 10% do valor total do consórcio — ou seja, R$ 18 mil. A mulher, acreditando se tratar de um procedimento legítimo, recebeu um boleto bancário em nome de uma empresa com sede no Rio de Janeiro, e efetuou o pagamento no dia 2 de agosto de 2024.
Após a transação, a vítima perdeu contato com o suposto representante e começou a desconfiar da legalidade da cobrança. Ao buscar informações diretamente com a administradora Porto Seguro, responsável pela operação do consórcio, foi informada de que a empresa não exige nenhum tipo de pagamento para contemplação fora das regras estabelecidas em contrato — evidenciando o golpe.
A Polícia Civil de Rondônia está investigando o caso e alerta a população sobre golpes semelhantes que vêm se tornando cada vez mais frequentes, especialmente no ambiente digital e por meio de falsos intermediários. A orientação é que todos os pagamentos relacionados a consórcios sejam realizados exclusivamente por meio de canais oficiais das administradoras.
Além disso, a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) reforça que consórcios não preveem “taxas de contemplação” nem intermediários externos autorizados. Qualquer proposta que envolva vantagem fora das regras contratuais deve ser considerada suspeita.
Dicas para se proteger de golpes de consórcio:
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Confirme sempre os dados do beneficiário antes de efetuar pagamentos;
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Nunca aceite intermediações de desconhecidos;
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Consulte diretamente a administradora oficial sobre o status do consórcio;
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Em caso de dúvida, procure orientação jurídica ou registre boletim de ocorrência.
Casos como o registrado em Alta Floresta do Oeste reforçam a importância da verificação rigorosa antes de realizar qualquer transação financeira. A vítima agora aguarda o desenrolar das investigações e, possivelmente, tentará buscar ressarcimento judicialmente.