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quinta-feira, julho 10, 2025
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Operação da PF apura desvio milionário na Universidade Estadual de Roraima

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (8) a Operação Cisne Negro, que investiga um esquema criminoso de desvios de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa dentro da Universidade Estadual de Roraima (UERR).

Segundo a PF, servidores e ex-servidores da instituição teriam fraudado contratos e manipulado processos licitatórios para favorecer uma empresa de engenharia, com suspeitas de superfaturamento e direcionamento ilegal. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa os R$ 100 milhões.

As investigações apontam que o esquema vinha sendo articulado há anos e teria como finalidade o enriquecimento ilícito de seus participantes. As irregularidades vieram à tona após uma apreensão realizada em agosto de 2023, quando a PF encontrou mais de R$ 3 milhões em espécie, escondidos em endereços ligados aos investigados.

Nesta terça, a Justiça Estadual autorizou medidas cautelares rigorosas, incluindo:

  • Mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas;

  • Bloqueio de contas bancárias;

  • Sequestro de bens móveis e imóveis;

  • Apreensão de veículos de luxo;

  • Imposição de tornozeleiras eletrônicas;

  • Retenção de valores sob suspeita.

Contexto e desdobramentos

A UERR, fundada em 2005, é a principal instituição de ensino superior mantida pelo Governo de Roraima. Com campi espalhados por várias cidades do estado, a universidade atende milhares de alunos e recebe verbas estaduais e federais.

A operação desta terça é mais um capítulo de uma crescente onda de investigações sobre desvios em instituições públicas de ensino superior no Brasil. Em 2023, casos semelhantes envolveram universidades federais no Maranhão e em Minas Gerais.

A Polícia Federal afirmou que as investigações estão em fase avançada, mas novas fases da operação não estão descartadas. O objetivo agora é mapear toda a rede de envolvidos, identificar o fluxo do dinheiro desviado e recuperar os valores para o erário.

A UERR ainda não se pronunciou oficialmente sobre a operação.

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