A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Footprint, em resposta a graves ameaças contra um policial rodoviário federal lotado na Delegacia de Ji-Paraná (RO). O agente é membro do Grupo de Enfrentamento aos Crimes Ambientais (GECAM).
As investigações tiveram início após a esposa do policial receber uma mensagem ameaçadora por meio de rede social. A ameaça estava relacionada à recente apreensão de duas cargas de madeira — supostamente propriedade do autor do crime ambiente alvo da acusação.
Para apurar o caso, a Justiça Federal da 1ª Vara Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Ji-Paraná expediu dois mandados de busca e apreensão — cumpridos em Itaúna e Piranguinho (MG). As operações visam identificar e reunir evidências dos responsáveis pela ameaça.
Segundo comunicados da PF, os suspeitos estão à disposição da Justiça e poderão responder por crime de ameaça contra agente público em razão da função. A corporação ressaltou que essas ações são fundamentais para garantir a segurança de servidores que atuam contra crimes ambientais.
A apreensão de madeira ilegal não é um caso isolado. Só no ano passado, uma operação da PRF flagrou cerca de sete caminhões de madeira e carvão em Rondônia — parte de uma série de ações voltadas ao combate ao desmatamento e à exploração ilegal
Esses casos refletem o aumento da tensão entre organizações criminosas ambientais e órgãos federais, sobretudo quando envolvem apreensões de grandes volumes de madeira.
Além do risco aos recursos naturais, agentes sofrerem retaliações pessoais — como ameaças a familiares — revela o escopo da intimidação usada por criminosos como forma de coibir investigações.
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Proteção de servidores públicos: a ação reforça o comprometimento da PF em garantir que agentes possam cumprir suas funções sem risco pessoal.
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Combate ao crime ambiental organizado: a pressão vem justamente de quem teve interesses econômicos impactados pela apreensão de madeira ilegal.
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Precisão jurídica: os alvos da operação já passaram pela Justiça federal em Ji-Paraná e seguem aos cuidados das autoridades responsáveis.
A Operação Footprint ressalta a importância de ações integradas entre Polícia Federal, PRF e Judiciário no combate ao crime ambiental. Também evidencia que ameaças a agentes públicos não passarão despercebidas e serão alvo de resposta rápida e rigorosa. O caso serve como alerta: combater o desmatamento ilegal no Brasil ainda é uma atividade arriscada, especialmente em regiões estratégicas como Rondônia.