Na manhã desta quarta-feira (30), o Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação Rescaldo, com apoio da Polícia Civil, da Força Tarefa Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado (FTICCO) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (FICCO). A ofensiva tem como alvo integrantes de uma facção criminosa envolvidos em ataques coordenados contra bens públicos, incluindo o incêndio de ônibus escolares em distritos de Porto Velho, capital do estado.
Os ataques ocorreram em janeiro deste ano nos distritos de União Bandeirantes e Jaci-Paraná. Em União Bandeirantes, 10 ônibus escolares foram incendiados no pátio da Escola 3 de Dezembro, resultando na destruição total de oito veículos e danos parciais em outros dois. Já em Jaci-Paraná, cinco ônibus da Escola Municipal Joaquim Vicente Rondon também foram alvos de incêndio criminoso.
Segundo o MPRO, as ações criminosas foram orquestradas pela cúpula de uma facção, que enviou um “salve geral” com instruções precisas sobre os alvos e a execução dos ataques, incluindo formas de dificultar a identificação dos autores.
Durante a operação desta quarta, estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 5 de busca e apreensão. Também foi autorizada a quebra do sigilo dos dados contidos em dispositivos eletrônicos apreendidos, que poderão revelar a cadeia de comando e comunicação da organização criminosa.
Os envolvidos devem responder por crimes como incêndio em transporte coletivo (art. 250 do Código Penal), explosão (art. 251) e associação criminosa (Lei nº 12.850/2013). A pena para esses crimes pode ultrapassar 20 anos de reclusão, dependendo da gravidade e do número de vítimas ou bens atingidos.
O nome da operação, “Rescaldo”, simboliza o esforço contínuo das autoridades para erradicar os últimos focos da ofensiva criminosa que abalou Rondônia no início do ano.
Em nota oficial, o Ministério Público reafirmou seu compromisso com o combate à criminalidade organizada e a defesa da ordem pública, em conjunto com as demais forças de segurança. A operação é mais uma resposta direta do Estado à tentativa de intimidação promovida por facções criminosas que desafiam o poder público e colocam em risco a segurança da população.