Durante mais uma rodada de fiscalizações neste domingo (13), o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) voltou às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e às Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, todas sob responsabilidade da prefeitura de Porto Velho. A ação, que faz parte de um esforço contínuo iniciado no ano passado, tem como objetivo garantir melhores condições de atendimento à população e de trabalho aos profissionais da saúde.
Segundo os auditores do TCE, houve avanços importantes, com destaque para um atendimento mais ágil e humanizado. Pacientes relataram experiências positivas, elogiando a rapidez e a atenção dos profissionais. No entanto, a inspeção também identificou falhas estruturais e operacionais que ainda precisam de soluções urgentes.
A dona de casa Tatiane Lima, que levou a mãe pela terceira vez à UPA, afirmou que o atendimento melhorou significativamente. “Antes, chegava de manhã e saía à noite. Agora está ótimo. O Tribunal tem de continuar a fiscalizar”, disse.
O lanterneiro Francisco Nilmar também aprovou o atendimento ao filho e elogiou a fiscalização do TCE: “Nota 10!”. Já Greiciane Nonata, mãe de duas meninas atendidas na unidade, pediu a continuidade das fiscalizações. “Olhem pela gente. Está sendo ótimo.”
Funcionários das unidades reconhecem a importância da presença do Tribunal. A enfermeira Diana Pereira afirmou que as fiscalizações ajudam tanto os pacientes quanto os servidores. O biomédico Antônio Marcos Santos ressaltou que as condições de trabalho vêm melhorando.
Apesar dos avanços, as inspeções revelaram deficiências graves:
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Policlínica José Adelino: registro de demora no atendimento; um médico extra precisou ser acionado durante a visita. Foi recomendada a ampliação da equipe médica em horários de pico, especialmente aos fins de semana.
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UPA da Zona Sul: opera satisfatoriamente, mas carece de insumos, medicamentos e manutenção predial mais regular.
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Policlínica Ana Adelaide: uma paciente diabética aguardava, desde quinta-feira (10), transferência para tratamento hospitalar — situação considerada delicada e prioritária.
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UPA da Zona Leste: foi constatada a ausência injustificada de um profissional e a sobrecarga na escala de trabalho. Também havia paciente esperando transferência hospitalar.
Todos os problemas foram documentados e encaminhados à gestão municipal, que agora tem cinco dias para apresentar as providências adotadas. As equipes do TCE retornarão às unidades após o prazo para verificar se as recomendações foram cumpridas.
O secretário-geral adjunto de controle externo do TCE-RO, Régis Ximenes, destacou que as fiscalizações já resultaram em melhorias concretas, como contratação de profissionais, fornecimento mais regular de insumos e manutenção de equipamentos.
O presidente do TCE, Wilber Coimbra, afirmou que as inspeções continuarão, com caráter preventivo e corretivo. “Caso as determinações não sejam cumpridas, o Tribunal poderá instaurar processos de responsabilização, respeitando o devido processo legal.”
Com a continuidade das ações, o TCE de Rondônia reafirma seu papel no fortalecimento do serviço público de saúde, garantindo que a população receba atendimento digno e eficaz, e que gestores públicos cumpram sua responsabilidade com a sociedade.