Um homem suspeito de envolvimento no ataque a uma agência bancária em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, foi preso nesta terça-feira (8) em Campinas, interior de São Paulo. A ação, atribuída a uma quadrilha do chamado “Novo Cangaço”, gerou pânico entre moradores e deixou rastro de destruição na cidade.
O anúncio da prisão foi feito pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter). Segundo ele, a captura ocorreu após uma operação conjunta entre as forças de segurança de São Paulo e Minas Gerais. “O criminoso foi preso em posse de balaclavas, roupas táticas, amarras, luvas e placas de veículos, possivelmente usadas durante o ataque. As buscas pelos demais integrantes continuam”, afirmou Derrite.
Terror em Guaxupé
Na madrugada de terça-feira, 8 de abril de 2025, a cidade de Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, foi palco de um violento ataque atribuído a uma quadrilha do tipo “Novo Cangaço”. Criminosos fortemente armados cercaram parte da cidade, efetuaram diversos disparos e explodiram a agência da Caixa Econômica Federal. A sede da 79ª Companhia da Polícia Militar também foi alvejada, resultando em danos materiais e ferimentos em um militar devido aos estilhaços. Durante a fuga, os assaltantes espalharam “miguelitos” pelas ruas para dificultar a perseguição policial e utilizaram cinco veículos do tipo SUV para escapar.
Em resposta ao ataque, o prefeito de Guaxupé, Jarbas Corrêa Filho, anunciou a implementação urgente do sistema de videomonitoramento “Olho Vivo” na cidade. O objetivo é reforçar a segurança tanto na área urbana quanto na zona rural. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Gustavo Amidani Calil, informou que já estão em contato com empresas especializadas para viabilizar o projeto.
Além disso, moradores de Guaxupé relataram ter recebido ameaças por telefone após o incidente. Criminosos ou aproveitadores estariam ligando para comerciantes próximos à agência atacada, exigindo pagamentos sob ameaças de violência. O delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta, orientou a população a desligar o telefone e, se necessário, acionar as autoridades, ressaltando que tais ligações são fraudulentas.
As forças de segurança continuam em diligências para identificar e prender os envolvidos no ataque, que, segundo estimativas, podem ser mais de 15 indivíduos. Até o momento, não há informações confirmadas sobre prisões ou valores roubados.