Rafael Rosa Macedo foi condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato de sua esposa, Elisama Macedo, ocorrido em outubro de 2023, em Vilhena, Rondônia. O crime chocou a comunidade local pela brutalidade e pela tentativa do réu de encobrir o feminicídio com uma falsa narrativa de assalto.
Na madrugada do crime, Rafael atacou Elisama com uma facada na têmpora enquanto ela dormia. Na manhã seguinte, uma diarista encontrou o corpo da vítima após ouvir o choro de um dos filhos do casal, que estava com os pés manchados de sangue. Rafael foi localizado no mesmo dia nas margens da BR-364, apresentando ferimentos de faca. Ele alegou à polícia que dois homens armados invadiram a residência, mataram sua esposa e o fizeram refém, exigindo acesso aos dados bancários. No entanto, as investigações revelaram que não havia indícios da presença de outras pessoas na casa, e as evidências apontaram para Rafael como o autor do crime.
O julgamento de Rafael Rosa Macedo ocorreu em abril de 2025, no Tribunal do Júri de Vilhena. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. A pena máxima foi aplicada devido às circunstâncias agravantes do crime, incluindo a premeditação, o feminicídio e a tentativa de fraude processual ao simular um assalto.
Combate ao feminicídio
O caso de Rafael Rosa Macedo destaca a importância do combate ao feminicídio no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 1.437 casos de feminicídio em 2023, o maior número desde o início da série histórica. A aplicação rigorosa da lei e a conscientização da sociedade são essenciais para prevenir e punir esse tipo de crime.
Casos semelhantes têm ocorrido em outras partes do Brasil. Em Pernambuco, Pedro Luiz da Silva foi condenado a 29 anos e 4 meses de prisão por matar sua esposa com facadas na cabeça e tentar forjar um assalto. Em Minas Gerais, Adriano Eustáquio de Oliveira Braga recebeu uma pena de 20 anos e 8 meses por assassinar sua esposa com 11 facadas e alegar um latrocínio.
Se você ou alguém que você conhece está em situação de violência doméstica, procure ajuda. Ligue para o 180, Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas por dia, em todo o território nacional.