A BR-425, vital para o escoamento de produtos e o deslocamento entre Nova Mamoré e Guajará-Mirim, em Rondônia, está há mais de duas semanas com o tráfego severamente comprometido devido a alagamentos causados pela elevação dos rios e igarapés da região. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) proibiu a circulação de veículos pesados no trecho entre os dois municípios, devido ao risco de comprometimento da estrutura e à possibilidade de isolamento das comunidades locais.
Com trechos inundados, motoristas são obrigados a fazer um desvio de quase 50 quilômetros por uma estrada vicinal, ou então a se arriscarem passando pelas áreas alagadas. A situação tem prejudicado significativamente a população local, que depende da rodovia para acessar serviços essenciais e escoar a produção agrícola.
Em resposta à crise, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a aplicação de materiais derivados de petróleo nas áreas alagadas como medida emergencial para garantir uma circulação mínima de veículos. No entanto, o órgão ressalta que melhorias efetivas só serão possíveis após o recuo total das águas.
A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou a realização de uma diligência externa no município de Nova Mamoré para verificar os impactos provocados pela enchente que atingiu a região. A iniciativa inclui visitas às áreas urbanas e rurais afetadas, especialmente em trechos da BR-425 e das Linhas da Bacia do Ribeirão, além de reuniões com autoridades locais para avaliar as necessidades de apoio emergencial e estrutural.
Enquanto isso, a previsão do tempo para os próximos dias indica chuvas escassas na região, com possibilidade de algumas tempestades a partir de segunda-feira, o que pode agravar ainda mais a situação das rodovias e dificultar os trabalhos de recuperação.
A população é orientada a evitar transitar pela BR-425, especialmente com veículos pesados, até que as condições de tráfego sejam restabelecidas. As autoridades locais continuam monitorando a situação e buscando soluções para minimizar os impactos dos alagamentos na região.